terça-feira, 30 de junho de 2009

Restos,esperança,despedida

Falar do que?
Sobre o que?
Se tudo o que se fala,um dia se esquece
E que todo o erro que se comete
Se encontra no limite da porta da cozinha
E o medo que se traz,não importa
Para as duas mulheres da janela
Me limito a entregar a boca o que sinto
Nas digitais pressiono a arvore que a espada derrubou
Entrego as linhas retas o leite quente
Que o fogo transformou
E por incrivel que pareça
Ainda me encontro na garganta do fóssil
Onde a torre mais alta,não passa do nariz
E tudo o que eu odeio
Cada dia se aproxima mais de mim
Nos assovios,ouço trombetas do tormento
Em claves,vejo o inseto salvador
De esperança torta.

OLHOS

Eu vejo laboratórios criando doenças,em época de harmonia
Vejo terra sendo tomada por cultura que não enche a barriga
Vejo pessoas apostando mais em numeros do que em si
Pobres olhos destinados a chorar
Leve o coração e a mente,juntos para o impreciso
Mata a saudade de quem nunca existiu
Enxergue a cor da indecisão
Atrapalhe toda a tentativa de desistência
Admire cada sorriso como se o mesmo pudesse ser seu
Da beleza,roube todo o tempo nescessário
Para gerar uma vida de prazer
Do medo,explore cada liturgia que gere sentimento estéril
Diante dos obstaculos mais arduos
De mim repare todo o desarranjo indigesto
Force meus neorônios intrépidos
A descarregar toda a injuria
Nessas linhas que você vê
Decante toda a nescessidade e ódio
Mexa com a cabeça das pessoas
E não me deixe faltar nunca a esperança
Que alimenta a locomotiva da fé.