domingo, 13 de dezembro de 2009

Vago


Mesmo que nada der certo,eu continuarei

Continuarei sim!

Entrege a essa praia que além de meus olhos

Despertam também meu ego

Descobri que nada que convém

È o que mais causa prazer

E que tudo o que não se quer

É o que mais se nescessita

Certamente eu irei até o fim

Desse jeito!

Sem saber das horas

Mas sabendo que a fome,o despertador e o tesão,é um barato

E aqui os olhos significam agua

As palavras vem de dentro

E o que é posto pra fora

Simplesmente some

Estarei la também quando você for viajar

E tentarei lhe explicar da maneira mais simples

Que existe a hora de partir e de chegar

E que o certo e o errado,nada vale

Se você insistir em ser livre
"Escrevo simples para o povo,escrevo dificil para os burros"

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Princesa dos Poetas


A sua timidez me assusta

Os seus segundos são magicos

Seu olhar cai como uma tempestade que rega e devasta

A obsessão por você se alastra em instantes

Você controla as mentes


Qualquer poeta que te vê te agarra como fonte

Sua beleza é diferente,sua indole bem definida

Seu ideal confunde todos os que se acham privilegiados


Te conhecer faz bem a qualquer ser humano

Te desejar e não possuir ,faz mal

Acreditar que você é eterna causa felicidade espontânea

Ter a certeza de que um dia deixara de existir

Causa tristeza profunda

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Eu queria um minuto de você
Um minuto que prescedesse uma eternidade
E depois de tudo passado,ajustar os seus ponteiros
E realmente lhe ter
Debruçar em suas marcas e sentir as celulas que nelas habitam
E queimar os seus neorônios com uma simples frase de amor.

Sinte que te quero...
e isso é sério!

Tão sério

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Viciado

Minha droga é a rotina!
O banco falido da obscessão
Um teatro oprimido pela regressaõ dos sentimentos.Com muitos atores.Nenhum profissional.
Um fluxo fantasma irresistivel que chapa pra caramba.
Acalanto insuportavel da vida
Inquisição pentatônica do oriundo
Escala regressiva da matéria
Cidade vazia
Caixa de maconha.

Minha droga é o amor!
A anarquia dos sentimentos
Texto em braile que nem os cegos podem entender
Herança da fé primordial
Parte do Apocalipse
Percursor da biblia

Minha droga é a poesia!
O exilio do excesso de realidade
Severa concubina do poeta
Facundia concebida por Deus
Ogiva de sofrimento suportada com carinho
Expressão nitida do impróprio

Eis o que me entorpece
O que me motiva a ser esse viciado
Contradizendo os textos alheios
Onde sou o contrário
Difundindo a minha existência
Extravagando minha vóz
Grito em meu rock:
"Que minhas drogas,nunca se acabem"

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Partida


Pois é Raul,não é que tu se foi mesmo,cara.

Ainda lembro a ultima conversa que tivemos,discutindo Dom Quixote,tu me falou quando tomou um porre em La Mancha e se irritou con Sancho Pancha.

Me lembro também daquele almoço na cidade das Estrelas,mais precisamente no bar do Dr Pacheco,quando pediu um cerebro vivo a vinagrete e levou uma garrafa de bebida inrrustida porque Angela não podia ver.Não comemos nada.Tu bateu uma xara e eu quiz outra também.

É Raul me lembro muito bem de sua partida,era inverno de 89.Foi pela pista do aterro com seu corcel 73 até a estação com um sapato em cada pé,uma espada e a guitarra na mão,pegou o trem 103 as 7:00hs,reclamou de um gosto azedo na boca,evitou um aperto de mão e me disse tão calado:

"Quero ir meu amor me espera;

Quero ir pela primavera;

Quero,quero,quero ir."

E partiu!

Vi em seus olhos verdes que piscavam no escuro do céu,o verdadeiro sentido da vida.

Fazendo simplesmente tudo o que queria.

Viajar sem passaporte por esse planeta que é seu que é nosso.

Nunca mais lhe vi.

Essa manhã quando acordei,olhei os livros na estante,tomei meu Quilindrox,meu Disconneu,olhei para o par de coxas do meu lado;

Naquele momento entendi o quão real foi o dia em que a terra parou...

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Carta de tio Beni ...

E não é que você sumiu mesmo.
E se eu pudesse te perguntar tantas coisas...
Mas não posso.
Você não fala nada e some.
A minha saudade não conta.
Que pena.
Aos pouco vou distanciando de ti
e se talvez um dia
tu sentir saudade
da alegria que tenho
com você e você tem
por mim...Eu posso
Ter ido embora,
Talvez pra algum
canto da sala
aonde quem
fala dormiu e quem
escuta não tem
que fala.
E no sonho da noite
ficara teu cheiro
teu abraço meigo,
coisas que com
o tempo crescerão
ou deixarão de existir
quem será eu depois,
A mesma pessoa porque
foi só um sonho a mais
uma felicidade de minutos
uma amiga e só uma certeza.,por esses
pequenos minutos.
Eu te gostei muito

Beni 4-1-99

Pro juliano fazer musica

obs:Por esses pequenos minutos em que digitei esse texto de meu grande amigo Tio Beni,o download de uma canção concluida me fez procurar Beni por varios "butecos" da cidade.,
Bar do Paulinho,Laurindo,Rodoviária,Luzia...
Perdido na Teca,Bar do Gil,só restava a boemia,
arriscar a noite na prainha...
4:20 a padaria
uma moto com som ;
a perambular pela cidade,
6:10 sentado no fim do balcom do Edson;
Tanta razão;
tanta verdade.
Aonde anda você.(Toquinho e Vinicius de Morais)

Não me canso de te lembrar Beni;
Sua poesia se foi cedo
Você sequer descobriu;
Mas dividiu sua felicidade
Nos explicou tanto,
e saiu fora.

Pode crêr Tio Beni
A sua passagem pela vida de quem provou seu carisma,cara
Foi inesquecivel !
Entre em contato com a gente.
valeu!

terça-feira, 28 de julho de 2009

Eterna

Incessavelmente afrouxava o vasto campo do sentimento com passos brandos de saudade.
Esperava quem sabe o beijo do dia ou a melancolia da noite
A esperança do vento confortava a estúpida vontade de não ser;
A mansidão do quarto reativava tudo novamente
Precisava sim de você,com todos os seus remates e enguiços,membros e feitiço
Pois tão sereno e claro era o seu afago,que me engaiolou no mais arduo desejo que contaminava quem um dia te conhecia
A progressão dos dias não me fragilizou ao ponto de não poder pugnar pelo seu amor
Todo o tempo que vinha tentando lhe possuir,se transformou em um unico ponto.De interrogação!
Sua beleza continuou abrasando os mais insípidos homens
Tranfigurando os piores dias
E cativando os mais profundos poemas
Eu continuei a te desejar
Não consegui lhe explicar nada sobre minha paixão
Mas hoje sou inteiramente grato a perfeita cópia de você que fiz brotar de sua barriga.
Injusto
Essa eu entrego aos mais inteligentes do planeta
Que permitem a vida,calculam a velocidade dos cometas
Aos que procriam o amor dentro de um frasco de proveta
Aos que inventaram a cruz
Aperfeiçoaram a ampulheta
Entrego totalmente a eles
Que trouxeram para a noite a claridade do dia
Para as telas previsões,utopia
Aos remédios;doenças,hipocrisia
Dedico sim aos que fizeram de suas crueldades
Matéria para vestibulares
De seus sonhos,conversas de bares
Aos que ensinaram as maquinas pensar
Deram-nas lingua para falar
Aos que projetaram as piramedes em pedras de granito
Hoje escrevendo isso,me sinto o mais burro dos bichos
Vendo que toda essa inteligência
Não vê sequer solução para o lixo
Valorizou-se a cobiça
Se esqueceram do filtro no céu;antipoluição
Dos dispositivos nos rios;anticontaminação
Enfim esqueceram-se de olhar para o berço
Que acolheu toda essa imaginação.

domingo, 12 de julho de 2009

O chip tá fraco


A convivência mutua da sociedade,esta em plena fase de desassociação.

Os interesses morais sempre vêm dos cidadões de alta renda intelectual.

Os espinhos andam brotando por todos os bares,engenhos,canaviais.

O estupido estilo que raramente me certifico que tenho,hora me da prazer,hora me desarruma.

As correntes que garantiam a união das familias,começam a expor os seus elos derretidos.

Os jantares e bailes,matam a fome e preocupam,nossas crianças começaram a gozar e colher papoulas.

Os sermões ja não passam de um texto que te transforma em um pé no saco.

A ilha que busco com o meu barco chamado palavra,cada vez se prega mais no horizonte e esse barco incessavelmente vaga pelo oceano obscuro do escrever,me taxando como um profeta do nada,um ser indeciso,um poeta...

Enquanto isso chove nas casas com a agua da torneira;

Enchem-se buracos com sacolas de nossos lixos;

Nascem grandes guarda roupas com nossos ipês;

E regressa-se rapidamente a velha contagem,que trara o ponto final pra toda a ignorância cruel da humanidade.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

HOMENAGEADO DO MÊS:TIO BENI


AI DE TI ZARATRUSTA.



João Benicio Nonato,o nosso eterno Tio Beni.Vilão para alguns,um chato para outros e herói para muitos.

Cumpriu sua vida em pouco tempo.Diminuiu toda a idéia de que ser livre era dificil,mostrou a todos que a arte da vida não se restringe apenas no que foi ensinado,mas sim no que é descoberto.

Autêntico,coerente,insubstituivel!

Beni foi uma grande pessoa para quem realmente teve a oportunidade de te-lo como amigo.

Mas como dizia Renato Russo:"Os bons morrem antes"

E é estendida até hoje essa profecia,na qual Beni esta a altura de qualquer outro Maluco Beleza que se foi.

Era uma pessoa que possuia diversas qualidades,a que mais impressionava era a sua autenticidade.Mas se seguia a inteligência,a irreverência e o carinho com quem ele considerava.

Engrandecia-se diante a tudo o que não gostava,descobria sempre um novo jeito para tudo o que amava.

Foram 44 anos de pura intimidade com o diferente,pura harmonia com a poesia,puro conflito com o amor.

Sentimos muita saudade sua Tio Beni,você esta vivo hoje nessa nossa homenagem.

Seja bem vindo em nossas recordações.


segunda-feira, 6 de julho de 2009


PRO RAUL

Meu amigo Raul, de tanta lua cheia
Vivo contigo um sonho de sonhador
Com minha espada e guitarra na mão
Vou flamejando teu rock,meu grito
Sempre pousando nas sopas
Subo montes desço serra
Causando grandes terremotos
Ao invés de pequenos erros

Grande Raul,que me trouxe até a cabeça
A luz das estrelas
Conservando meu medo
Me fez louco e dono do meu nariz
Alem dos velhos preconceitos morais
Calçei 36...
E foi tão dificil confiar em alguém
Hoje como as pedra imóveis na praia
Vivo lutando sozinho
Andando de passo leve
Busco o segredo do universo
Nessa ilha da fantasia
Faço planos de papel
Para controlar a minha maluquez
Um botão fechado que traz no peito
Dois mil e tantos cavalos calados

Obrigado Raul por me ensinar a ser
O que eu nem sei quem sou
Por me dares força pra cantar
Até que o dia amanheça
E ter coragem,coragem de embarcar
Nessa charrete que perdeu o condutor

Eu seguirei sim
Levando o LUAR ao avesso
Por onde quer que eu esteje
Despejando a sociedade alternativa
Dentro de todos os "mambues" das conciêmcias
E nunca esquecerei que o ódio não é o real
E que a morte talvez seja o segredo dessa vida

UM PONTO DE VISTA SOBRE OS 103 ANOS DE JOSÉ BONIFÁCIO

Primeiramente gostaria de lembrar um trecho de Milton Nascimento:
"Foi nos bares da vida,ou num bar em troca de pão
Que muita gente boa pois o pé na profissão"

Achei legal a diversificação de generos musicais,a qualidade sonora,a segurança,os preços razoaveis,tudo numa boa harmonia.
A unica coisa que me desagrada é a eterna falta de espaço,de valorização,de grupos musicais e bandas locais.
Vejam bem ,não estou insinuando que os grandes shows deveriam ser substituidos,estou apenas deixando claro a injuria de nós,musicos bonifacianos.
Não é dificil perceber a grande evolução de cenário musical daqui.Eu conheço mais de vinte grupos e me sinto honrrado em te-los como conterrâneos e magoado em ver muitas vezes que o limite é a porta da garagem.
Fica aqui em nome de todos os musicos,apreciadores que até mim trouxeram suas revoltas o nosso desapontamento.
Dos milhares de reais que foram gastos,a nós só importaria um pequeno espaço para a divulgação de nosso trabalho.
Um reconhecimento que para qualquer banda desconhecida com certeza seria uma grande vitória.
Aguardamos esperançosos que no proximo ano seja diferente.Obrigado!

terça-feira, 30 de junho de 2009

Restos,esperança,despedida

Falar do que?
Sobre o que?
Se tudo o que se fala,um dia se esquece
E que todo o erro que se comete
Se encontra no limite da porta da cozinha
E o medo que se traz,não importa
Para as duas mulheres da janela
Me limito a entregar a boca o que sinto
Nas digitais pressiono a arvore que a espada derrubou
Entrego as linhas retas o leite quente
Que o fogo transformou
E por incrivel que pareça
Ainda me encontro na garganta do fóssil
Onde a torre mais alta,não passa do nariz
E tudo o que eu odeio
Cada dia se aproxima mais de mim
Nos assovios,ouço trombetas do tormento
Em claves,vejo o inseto salvador
De esperança torta.

OLHOS

Eu vejo laboratórios criando doenças,em época de harmonia
Vejo terra sendo tomada por cultura que não enche a barriga
Vejo pessoas apostando mais em numeros do que em si
Pobres olhos destinados a chorar
Leve o coração e a mente,juntos para o impreciso
Mata a saudade de quem nunca existiu
Enxergue a cor da indecisão
Atrapalhe toda a tentativa de desistência
Admire cada sorriso como se o mesmo pudesse ser seu
Da beleza,roube todo o tempo nescessário
Para gerar uma vida de prazer
Do medo,explore cada liturgia que gere sentimento estéril
Diante dos obstaculos mais arduos
De mim repare todo o desarranjo indigesto
Force meus neorônios intrépidos
A descarregar toda a injuria
Nessas linhas que você vê
Decante toda a nescessidade e ódio
Mexa com a cabeça das pessoas
E não me deixe faltar nunca a esperança
Que alimenta a locomotiva da fé.